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Vídeo mostra chamas saindo de janela de casa em Itapetinga

  Um vídeo compartilhado nas redes sociais, mostra chama alta de incêndio em uma casa na Avenida Flamengo, no Bairro Otávio Camões, em Itapetinga no Médio Sudoeste baiano.Na gravação é possível ver o clarão do fogo com chamas saindo por uma janela e ainda escutar os estalos das coisas queimando dentro da residência.  No vídeo é possível ouvir, alguém perguntar se tinha alguém dentro do imóvel. As imagens duram  14 segundos, mas o suficiente para o registro do sinistro. O fogo teria começado por volta 21hs, desta quarta-feira (16), e foi visto por vizinhos que acionaram o Carro pipa do setor de transportes da prefeitura e a brigada de incêndio. A Comutran e Guarda Florestal também estiveram no local, Corpo de Bombeiros local das equipes conseguiram debelar as chamas. Não haviam pessoas na residência, ninguém se feriu, o morador teria perdido tudo no imóvel. A hora dos candidatos eleitos ajudarem é agora, certamente o morador precisará de ajuda para reparar as perdas materiais e de um en

Independência dos Estados Unidos

Do Brasil Escola

 
                                                     Crédito da Imagem: shutterstock
Independência dos Estados Unidos

A Independência dos EUA foi anunciada no dia 4 de julho de 1776, no 2º Congresso Continental da Filadélfia. Os ingleses somente reconheceram a independência americana em 1783.

Independência dos Estados Unidos foi declarada no dia 4 de julho de 1776 e colocou fim ao vínculo colonial que existia entre as Treze Colônias (nome pelo qual a região era conhecida nesse período) e a Inglaterra. Com essa conquista, os Estados Unidos transformaram-se na primeira nação do continente americano a ter sua independência.

A nova nação que surgiu foi construída em um modelo republicano e federalista e inspirada pelos ideais iluministas que defendiam as liberdades individuais e o livre comércio, por exemplo. De toda forma, a Independência dos EUA foi encabeçada pela elite colonial, insatisfeita com a forma como a Inglaterra tratava os colonos.

A Independência dos EUA e o modelo de nação desenvolvido pelos norte-americanos no século XVIII serviram de inspiração para outras nações do continente americano. A República instaurada no Brasil, a partir de 1889, por exemplo, inspirou-se claramente no modelo norte-americano.

Causas da Independência dos Estados Unidos

A Independência dos EUA foi resultado direto da divergência de interesses que existia entre a metrópole (Inglaterra) e as Treze Colônias. Na segunda metade do século XVIII, a política da Inglaterra em relação às Treze Colônias alterou-se drasticamente, e isso desagradou aos colonos, motivando-os a rebelarem-se contra a Inglaterra.

O primeiro ponto relevante a ser abordado é que, durante o século XVII, a Inglaterra havia deixado de ser uma monarquia absolutista, tornando-se uma monarquia parlamentar constitucionalista, na qual a burguesia, por meio do Parlamento, controlava o país. Com o advento da Revolução Industrial, essa burguesia tinha interesse na expansão da indústria e por isso buscava novas fontes de matérias-primas e novos mercados consumidores.

As colônias da Inglaterra, naturalmente, foram enxergadas como “fontes para alimentar o processo industrial inglês”, conforme definiu o historiador Leandro Karnal.|1| Além disso, ao longo do século XVIII, a Inglaterra envolveu-se em uma série de conflitos que aumentaram peso dos impostos para os colonos.

Ao longo do século XVIII, a Inglaterra envolveu-se nas seguintes guerras: Guerra da Liga de AugsburgoGuerra da Secessão EspanholaGuerra da “Orelha de Jenkins”, Guerra do Rei JorgeGuerra Franco-Índia e Guerra dos Sete Anos. A soma desses conflitos, para a Inglaterra, foi positiva, pois esses contribuíram para enfraquecer a França na América e aumentaram as posses territoriais dos ingleses.

aconteceu quando os ingleses decretaram a Lei do Chá, que determinava que o chá nas Treze Colônias somente seria vendido pela Companhia das Índias Orientais. A insatisfação com a lei levou 150 colonos, disfarçados de índios, a invadirem o porto de Boston durante a madrugada, atacarem três navios e jogarem ao mar 340 caixas de chá.|4| Esse acontecimento ficou conhecido como Festa do Chá de Boston.



A rebeldia dos colonos resultou em medidas duras decretadas pela Inglaterra. As medidas determinadas pela Coroa ficaram conhecidas como Leis Intoleráveis. Entre as medidas das Leis Intoleráveis, estão as seguintes:

  • O porto de Boston foi fechado até que os prejuízos fossem ressarcidos.

  • O direito de reuniões foi suspenso.

  • A colônia de Massachusetts foi ocupada por tropas britânicas.

  • Os colonos foram obrigados a abrigar e alimentar as tropas inglesas que dominaram a região.

As medidas deixaram claro para os colonos que havia uma grande divergência de interesses entre colônia e metrópole. Assim, os colonos, que até então eram reticentes quanto à possibilidade de separação, começaram a cogitar a independência. Essa ideia ainda era muito tímida, e isso ficou claro quando foi organizado o Primeiro Congresso Continental da Filadélfia.

Nesse congresso, os representantes das Treze Colônias (exceto da Geórgia) reuniram-se para redigir um documento ao rei inglês declarando sua lealdade, mas protestando contra as medidas determinadas pelas Leis Intoleráveis. A reação do rei, no entanto, motivou mais insatisfação, pois foi determinado que o número de soldados na colônia aumentasse. Com essa medida, os primeiros conflitos armados entre colonos e tropas inglesas aconteceram.

violência com que eram tratados durante a guerra.

Nisso, franceses e espanhóis entraram no conflito fornecendo apoio vital aos americanos. Os dois primeiros tinham interesses em enfraquecer os ingleses no continente americano e viram, no apoio à Independência dos Estados Unidos, uma forma de atingi-los. A vitória final dos colonos americanos aconteceu após a Batalha de Yorktown, que correu em 19 de outubro de 1781. Os ingleses reconheceram a Independência dos EUA, com a assinatura do Tratado de Paris, em 1783.

  • Por que a França ajudou na Independência dos EUA?

O envolvimento francês na Guerra de Independência dos Estados Unidos aconteceu porque os franceses tinham o interesse em enfraquecer os britânicos na América. Lembrando que, durante o século XVIII, as duas nações haviam entrado em combate durante a Guerra dos Sete Anos, na qual os franceses, derrotados, foram obrigados a ceder uma série de territórios.

A Guerra de Independência dos EUA era vista pelos franceses também como uma possibilidade de recuperarem tais territórios perdidos. Com a derrota, os ingleses foram obrigados a devolver Senegal, algumas ilhas no Atlântico e algumas terras na América, para os franceses.

Os espanhóis, que também lutaram ao lado dos colonos, receberam de volta Minorca, uma ilha no Mediterrâneo, e territórios na Flórida.

Consequências da Independência dos Estados Unidos

A Independência dos Estados Unidos também é conhecida como Revolução Americana. Desse processo, as principais consequências que podem ser destacadas são:

  • Consolidação dos Estados Unidos enquanto nação independente.

  • Os ideais iluministas defendidos pelos americanos inspiraram movimentos de independência em outras partes da América, inclusive no Brasil.

  • Republicanismo consolidou-se como alternativa política. No século XIX, as colônias espanholas, por exemplo, converteram-se em repúblicas, após conquistarem suas independências.

  • Declínio do domínio colonial da Inglaterra na América continental.

  • França e Espanha recuperaram parte de seus territórios na América, após a derrota inglesa na guerra;

  • Deu-se início ao processo de expansão territorial dos EUA, após a Inglaterra ceder as terras entre os Montes Apalaches e o Rio Mississippi.

Fontes

KARNAL, Leandro (org.) História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2008.

LONGLEY, Robert. Brief History of Declaration of Independence. Disponível em: https://www.thoughtco.com/declaration-of-independence-brief-history-3320098.

HICKMAN, Kennedy. An Introduction to the American Revolutionary War. Disponível em: https://www.thoughtco.com/american-revolution-101-2360660.

Notas

|1| KARNAL, Leandro. A Formação da Nação. In.: KARNAL, Leandro (org.). História dos Estados Unidos. São Paulo: Contexto, 2008, p. 75.

|2| Idem, p. 75.

|3| Idem, p. 76.

|4| Idem, p. 79.

|5| Idem, p. 88.

Créditos de imagem

[1] Chrisdorney e Shutterstock

[2] Warasit Phothisuk e Shutterstock

 

Por Daniel Neves Silva
Professor de História






 

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