(Imagem Endovet)
Infelizmente, os cães também podem sofrer com crises nervosas, que podem ser chamadas de convulsões e, quando acontecem, elas não devem ser ignoradas.
Existem dois tipos de convulsão canina, a focal e a generalizada. A focal é quando os tremores são na região do rosto, com olhar vidrado e pode ser assemelhado com um toque nervoso. Nesse tipo de convulsão, o cão não sofre perda de consciência.
No outro caso, a convulsão generalizada é a mais conhecida, com os movimentos involuntários por todo corpo, podendo haver vocalização, defecação e micção durante ou depois do episódio.
Na convulsão generalizada também é comum vermos uma salivação excessiva, dentes mais cerrados, perda de consciência e muita fraqueza.
Normalmente, essas crises podem demorar de 20 segundos até um minuto e são caracterizadas por manifestações motoras involuntárias.
Este problema pode vir acompanhado de outros sinais, como salivação excessiva, que pode chegar a virar espuma, rigidez muscular e em alguns casos, perda da consciência.
O melhor a se fazer durante estes episódios, é proteger o seu animal de estimação de se ferir sozinho. Manter a calma e não entrar em pânico é ideal para que o socorro seja eficiente.
Se os episódios forem frequentes e o cão não receber a ajuda veterinária necessária, ele pode ficar com sequelas.
O que é a convulsão canina?
Mesmo que sejam por diferentes razões, as convulsões em cães possuem as mesmas reações. Essas crises acontecem quando lesões ou substâncias que alteram as funções cerebrais.
Isso resulta em disparos elétricos que podem ser semelhantes a curtos circuitos no cérebro. Entretanto, é preciso ter cuidado para não confundir a convulsão com episódios de epilepsia.
Principais causas da convulsão
As causas das convulsões em cães podem ser das mais diversas, vamos as principais delas a seguir.
Epilepsia
A epilepsia canina nada mais é do que uma doença caracterizada por diversos episódios de convulsão, ou seja, quando as crises convulsivas são recorrentes, o podem significar que o seu animal de estimação sofre com a doença.
Ela é o resultado mais comum quando falamos de convulsões caninas, sendo responsável por cerca de 30% dos casos.
O primeiro episódio de uma crise convulsiva pode ocorrer até os primeiros 3 anos de vida do cachorro, mas não é tão incomum encontrar cães que começam a ter estes momentos com 5 anos ou mais.
Como dito anteriormente, a convulsão em cães é um sintoma de algum outro problema que o cão está enfrentando, por isso, é de extrema importância que quando ocorrer a primeira crise, o pet seja levado imediatamente para realizar exames.
Existem algumas raças que são predispostas a sofrer com doenças em que a convulsão é presente. No caso da epilepsia, as raças mais comuns de apresentar este quadro são o Beagle e o Setter Irlandês.
Tumor cerebral
Os tumores ou neoplasias cerebrais são as causas mais comuns de disfunções neurológicas em cães. Eles podem ser benignos, malignos ou primários do sistema nervoso.
Os tumores podem surgir de forma silenciosa, ou seja, quando o cachorro é assintomático e, como ele não consegue avisar os seus donos que se sentem desconfortáveis, é preciso ficar atento aos sintomas típicos.
Um desses sintomas é a convulsão, que é um dos sinais mais comuns, e acabam se tornando mais frequentes com o passar do tempo, mesmo quando o dono administra os anticonvulsivantes.
Aqui também há algumas raças de cães que podem desenvolver tumores cerebrais, como o Boxer e o Golden Retriever.
Traumas cranianos
Quando um cão sofre um forte impacto na cabeça há sérios riscos de que ele sofra com um traumatismo craniano. Entre os principais sintomas, existe a falta ou diferente nível de consciência, como não responder comandos e maior sonolência.
Outros sinais do traumatismo craniano em cães é a diferença do tamanho das pupilas do pet, sangramento no ouvido ou nariz, cabeça mais inclinada para um lado e convulsões.
Em qualquer momento que o pet apresentar algum destes sintomas após um trauma, é necessário ir rapidamente para uma clínica veterinária 24h.
Como agir em uma crise convulsiva
Mesmo sendo apenas um sintoma para outras doenças, uma crise convulsiva pode fazer muito mal aos cães, podendo causar lesões irreversíveis, já que em muitos casos falta oxigênio no cérebro.
Por isso, neste momento é ideal que o seu tutor mantenha a calma para ajudar o seu amigo. Para evitar que essas lesões ocorram, o ideal é deitar o cão de lado em um lugar bem confortável, de preferência em um colchão.
As crises vão ser cessadas sozinhas e, logo depois, procurar um médico para que o pet receba os devidos tratamentos de forma imediata.
É importante ressaltar que o tratamento de doenças é bem mais eficaz quando ocorre de forma preventiva ou o mais rápido possível.
Comentários