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Milagre no trânsito: Ciclista Escapa de Atropelamento por Carreta em Itapetinga

                                                                                            (Foto reprodução redes sociais)      Um vídeo impressionante compartilhado nas redes sociais mostra o momento em que um ciclista identificado como Gustavo escapa ileso de um acidente com uma carreta em Itapetinga, no Médio Sudoeste da Bahia. O incidente ocorreu na tarde desta terça-feira (22), quando o sinal do semáforo no Parque Poliesportivo da Lagoa abriu. O ciclista pedalava sua bicicleta no cruzamento das avenidas Cinquentenário e Flamengo quando, por algum motivo, perdeu o controle e foi parar embaixo de um caminhão carregado com caixas d'água. Em um ato de reflexo rápido, Gustavo conseguiu sair debaixo dos pneus do caminhão sem sofrer ferimentos gra...

Suspensão de cobertura da imprensa no Alvorada repercute entre senadores


Alguns veículos de comunicação decidiram suspender temporariamente a cobertura que realizavam diariamente no Palácio da Alvorada alegando falta de segurança aos profissionais da imprensa. O posicionamento repercutiu entre os senadores que, em seus perfis nas redes sociais, apoiaram a iniciativa dos veículos e condenaram a postura da Presidência da República por não garantir ambiente seguro aos que fazem a cobertura das atividades no local.

Para os senadores, o governo tem atuado contra a democracia e a liberdade de imprensa ao permitir que recorrentes atos de hostilidade praticados pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra os jornalistas continuem acontecendo no Palácio da Alvorada, como ressaltou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

“É muito grave quando empresas do porte do Grupo Globo e da Folha não veem garantias de segurança em cobertura presidencial. Isso só ocorre em países ditatoriais ou em governos que almejam essa condição. A democracia não tolera cerceamento da liberdade de imprensa”, disse no Twitter.

Além do Grupo Globo e do jornal Folha de SP, também decidiram interromper a cobertura no Alvorada o Grupo Metrópoles, o portal de notícias Uol e o Grupo Band após manifestantes repetirem insultos aos jornalistas que estavam no local na segunda-feira (25). Segundo relatos publicados pelos próprios profissionais, os apoiadores do presidente quase invadiram o espaço destinado à imprensa, sem que fossem contidos pelos seguranças.

Pelo Twitter, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) disse apoiar a decisão das empresas de comunicação e que as condições de trabalho oferecidas no “curralzinho”, conhecido como o local direcionado à imprensa no Alvorada, já tinham sido expostas por ele diversas vezes.

“Há tempos implico com esse curralzinho humilhante somado a uma dinâmica de [entrevista] coletiva com claque. Os principais veículos de comunicação e jornalismo não precisam sujeitar seus/suas repórteres a isso. Finalmente reagiram. Antes tarde, do que nunca”, ressaltou.

O apoio aos profissionais da mídia foi reforçado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES). “Mais uma empresa jornalística suspende a cobertura no Alvorada. A população é prejudicada em seu direito constitucional de ser informada porque o presidente e sua segurança permitem que uma horda os hostilize. Reitero apoio aos jornalistas e às empresas”, ressaltou no twitter.

O cenário no Alvorada foi descrito pelos senadores Paulo Rocha (PT-PA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) como de ameaça e medo, gerados, segundo eles, para tentar calar o trabalho da imprensa. Para eles, Jair Bolsonaro comete crime ao não evitar que as agressividades ocorram.

“Não existe democracia sem jornalismo livre! Esse é mais um dos graves crimes que Bolsonaro comete. Em que democracia jornalistas se sentem ameaçados ao cobrir um presidente? Ofereço aos profissionais de imprensa, além de solidariedade, todo o meu apoio!”, afirmou o senador Randolfe no twitter.

Proteção
O líder do PDT, senador Weverton (MA), disse ser inaceitável o comportamento “hostil e desrespeitoso” dos seguidores do presidente. Como tentativa de combater esse tipo de violência, ele informou no Twitter que apresentou o Projeto de Lei (PL) 2.874/2020 que altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 1940) para agravar de um a dois terços a pena cometida ao crime de lesão corporal a jornalistas e profissionais de imprensa no exercício da sua profissão. Atualmente, a legislação prevê pena de detenção de três meses a um ano para esse tipo de crime e penas maiores para casos graves, que levem à incapacidade ou à morte do profissional.

“É inaceitável o crescente número de agressões contra jornalistas. Apresentei um projeto que agrava a pena para quem cometer crime de lesão corporal contra profissionais de imprensa no exercício da sua profissão ou em razão dela. A imprensa livre é um dos pilares da democracia”, enfatizou.

O agravamento da pena para esse tipo de crime também tramita na Casa no PL 2.813/2020, do senador Lucas Barreto (PSD-AP). O texto altera o Código Penal para incluir o crime contra profissionais de imprensa entre as agravantes genéricas, que são circunstâncias legais, de natureza objetiva ou subjetiva, que não integram, a estrutura do tipo penal, mas que a ele se ligam com a finalidade de aumentar a pena.

Ditadura
Ainda no Twitter, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que a última vez em que o país acompanhou iniciativas da imprensa semelhantes às atuais foi no período da ditadura militar.

“A última vez que a imprensa cruzou os braços à cobertura presidencial, o Planalto tinha um general-ditador”, disse o senador ao publicar uma foto feita em 1984 quando fotógrafos credenciados que cobriam a presidência cruzaram os braços e se recusam a fotografar o presidente João Batista Figueiredo descendo a rampa do Palácio do Planalto.

O protesto foi uma reação à ordem do general-presidente proibindo fotos em seu gabinete. Enquanto vigorou a proibição, apenas o fotógrafo oficial do Planalto podia registrar as audiências.

Fonte: Agência Senado

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