Nesta segunda-feira, os militares do Corpo de Bombeiros receberam a ajuda da missão israelense nas buscas. Aproximadamente 120 militares foram deslocados até um dos pontos considerados mais críticos. Eles trabalharam na procura de soterrados no refeitório que ficava dentro da área administrativa da Vale.
Devido a proximidade com a barragem que se rompeu, a hipótese do Corpo de Bombeiros é que a estrutura tenha sido deslocada com a força da lama de rejeitos que desceu do reservatório. A profundidade de lama no local, segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, é de aproximadamente oito metros.
A tecnologia ajuda nas ações dos militares israelenses. Eles vieram com 12 tipos de equipamentos para colaborar com as buscas. Um deles é um sonar. O item capta sinais telefônicos a até cinco metros de profundidade e se torna mais uma opção para capacitar os trabalhos de busca e salvamento em meio à lama de rejeitos. Os militares vão utilizar, também, um sonar para detecção de material humano.
Identificação no IML
Já foram identificados 35 vítimas da tragédia no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte. Devido ao aumento significativo o número de corpos encontrados, Academia de Polícia de Minas Gerais (Acadepol) organizará uma força-tarefa para agilizar o processo de reconhecimento. Além do aumento de profissionais envolvidos no processo, a Acadepol desenvolveu um cadastro especial para facilitar a identificação dos mortos.
O IML de Belo Horizonte está reservado para o atendimento às vítimas do acidente na barragem de Brumadinho – outros casos estão sendo concentrados na unidade de Betim. O local na capital atualmente tem capacidade para 77 câmaras frigoríferas e pode estender o atendimento a outros 350 corpos. Hoje, existem 88 médicos-legistas trabalhando no processo. A maioria dos corpos tem sido reconhecidos por impressão digital.