ND+ Conteúdos Fotos: Mikael Melo/NDTV Avião de pequeno porte saiu de Guaramirim e estava sobrevoando a cidade de Guaruva, no Norte do Estado, onde realizou o pouso neste sábado (5) Um pouso forçado de avião na BR-101 chamou a atenção neste sábado (5). A aeronave, que saiu de Guaramirim e estava sobrevoando Garuva, no Norte de Santa Catarina, precisou aterrissar depois de uma pane no motor. Em entrevista à NDTV Record , o piloto da aeronave afirmou que o tempo entre a pane e o pouso foi de “cerca de três minutos”. Estavam a bordo o piloto e o proprietário do avião. Ambos saíram ilesos. Ainda de acordo com detalhes obtidos pela reportagem no local, o avião tem 800 horas de voo e, desde a última revisão da aeronave, foram apenas sete horas de voo que antecederam o pouso forçado de avião na BR-101. Ainda no relato, os ocupantes afirmaram que nunca tinham passado por uma situação parecida. Um mecânico foi até o local para...
Desespero e desolação: O drama de quem escapou da tragédia em Brumadinho
Carlos Silva
Carlos Silva
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O cenário era de confusão e incredulidade. Quem presenciou os momentos após o rompimento de ao menos uma barragem de rejeitos da mineradora Vale, na tarde desta sexta-feira (25), em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte encontrou esses sentimentos nos moradores locais.
A todo instante pessoas adentravam o cerco montado por policiais, bombeiros e representantes da Defesa Civil, próximo ao local da tragédia, para reclamar desaparecidos e buscar informações. Eram pais, mães, filhos, irmãos e amigos que trabalhavam na região atingida pelos rejeitos e, agora, estão incomunicáveis, deixando familiares em desespero.
A nova tragédia ambiental em Minas, assim como o fatídico novembro de 2015, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana – quando a barragem de Fundão se rompeu, deixando um lastro de 19 mortos e incontáveis danos ambientais que atingiram a Bacia do Rio Doce, chegando até o mar – vai deixar marcas no solo, na natureza, nas casas, nas águas, na vida e na alma. Mais uma vez.
Michel Fernandes Guimarães, de 29 anos, estava em casa no momento da tragédia e resolveu entrar na lama para tentar achar o irmão que trabalhava em uma pousada atingida. Ele conta que conseguiu ajudar outras vítimas, mas até o momento, não havia encontrado o irmão.
“Corre, corre!”, foi o que gritou o funcionário Renato Cassimiro que trabalhava na região da barragem e estava na área do refeitório da empresa no momento do rompimento. O local foi atingido em cheio onde, segundo dados da Vale repassados ao Governo de Minas, estavam cerca de 430 funcionários.
(Henrique Coelho/BHAZ)
“Foi muito rápido. Quando olhamos, a lama já estava em cima. Houve muito barulho e as pessoas começaram a correr e a gritar. Os troncos de árvore estavam quebrando como se fossem lápis. Quem estava dentro do restaurante não conseguiu escapar, além disso, tinha caminhões com pessoas, ônibus e o escritório. Foram todos arrastados”, diz Renato.
Após o desastre, o morador da região Arthur Guilherme se juntou a um grupo de pessoas para ajudar na localização de vítimas. Segundo ele, uma criança que estava presa em uma casa cercada de lama foi socorrida por eles. Além disso, muitos animais morreram soterrados pela onda de rejeitos na região. “Isso é uma lição de vida para todo mundo, é o famoso ouro de tolo. As pessoas querem suprir necessidades que não precisam realmente. O dinheiro vai destruir o mundo ainda”, afirma o morador.
(Henrique Coelho/BHAZ)
Outro morador que não quis ser identificado, pois trabalha na mineradora, contou à reportagem do BHAZ que cerca de 10 amigos que trabalhavam em um setor próximo à barragem foram soterrados pelo rejeito. “Eu não estou conseguindo falar com eles. Conversei com um outro funcionário que conseguiu escapar e ele me disse que não sobrou ninguém lá. Era para eu estar lá, mas estava de folga hoje. Deus me salvou”, disse.