No boletim de ocorrência, a vítima alega que a gravação da relação sexual foi feita sem seu conhecimento. Suspeito também foi denunciado por ameaças.
Uma mulher de 42 anos foi vítima de um crime cibernético em Itagimirim, no sul da Bahia, após ter um vídeo íntimo divulgado na internet sem a sua autorização. O ex-namorado dela, um frentista de 31 anos, morador de Porto Seguro, é o principal suspeito de fazer a divulgação das imagens, por não se conformar com o fim do relacionamento. A vítima registrou um boletim de ocorrência, e disse que o vídeo, mostrando uma relação sexual entre os dois, foi gravado com sua permissão, mas logo depois pediu que o companheiro apagasse tal registro, o que o homem assegurou ter feito. No entanto, após o término do relacionamento, o suspeito, inconformado, começou a ameaçar a mulher, dizendo que iria raspar o cabelo da vítima e tatuar o seu rosto na cabeça dela.
Ele também avisou que divulgaria o referido vídeo, mas ela não acreditou que o ex-companheiro seria capaz de cumprir essas ameaças.
A vítima ainda informou que, poucos dias depois o frentista enviou o vídeo para um amigo, sendo que este divulgou as imagens no WhatsApp e várias pessoas tomaram conhecimento do fato, incluindo familiares dela. O compartilhamento do vídeo gerou diversos transtornos transtornos para a vítima, expondo a mesma para toda a cidade, o que serviu de motivação para que ela decidisse denunciar o frentista. Com a atitude tomada, ela espera poder alertar outras mulheres para que não passem pelo mesmo trauma que ela está passando.
A publicação e compartilhamento de fotos ou vídeos sem a devida autorização é crime previsto na Lei de nº 5.988/73 (art. 49, I, f) – Código Civil (art. 159). A Lei Carolina Dieckmann prevê punições para crimes digitais e para quem divulga informações pessoais sem consentimento, com pena de reclusão de seis meses a 2 anos. Além da violação do artigo 5°, inciso V e X, da Constituição Federal. A polícia está tomando as providências cabíveis. O ex-companheiro da vítima e o amigo dele, acusado de ter ajudado a divulgar o vídeo, deverão prestar esclarecimentos sobre o caso.
Rastro 101.