A greve dos funcionários dos Correios na Bahia chegou ao fim após assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (28). As atividades serão retomadas na terça-feira (29), segundo informou o Shirlene Pereira, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Estado da Bahia (Sincotelba).
A paralisação, iniciada no dia 15 de setembro, com adesão de cerca de 80% dos funcionários em todo o estado, provocou atraso nas entregas de correspondências e encomendas.
Reivindicações
A pauta de reivindicações dos trabalhadores é negociada em âmbito nacional entre os Correios e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect).
Segundo a sindicalista, entre os pontos que foram acordados na pauta está o reajuste de 9,56% em todos os benefícios, incluindo vale-cesta, vale-alimentação de R$ 33,01, além da manutenção do plano de saúde, entre outros. "Vamos receber a gratificação de R$ 150, retroativa do dia 1º de agosto; R$ 50 em janeiro de 2016.
Incorporação de R$ 100 na gratificação; R$ 50 em 1º de maio de 2016, referente ao acordo coletivo do ano de 2014; R$ 50 em 1º de agosto de 2016 e mais R$ 50 em janeiro de 2017. Caso estas cláusulas não sejam cumpridas, voltaremos com a greve", afirmou Shirlene Pereira ao G1. Pereira ainda informa que a categoria continuará em estado de greve. Durante a paralisação, o sindicato informou que serviços como entregas de remédios e encomendas ficaram prejudicados.
Liminar
Em nota, os Correios afirmou que o TST concedeu liminar na terça-feira (22) determinando que as federações nacionais dos trabalhadores garanta o efetivo de 65% em atividade normal em cada unidade. A pena por descumprimento é multa diária de R$ 65 mil. Segundo o comunicado, quase todas as 20 mil unidades da empresa por todo o país operam com a maior parte do efetivo presente.
A empresa conta que cerca de 90% dos trabalhadores não aderiu à paralisação parcial. Na quarta (23), segundo os Correios, a obrigatoriedade de manutenção de 65% do efetivo foi descumprida pelas federações em 230 unidades no país.
Ainda assim, o levantamento da empresa, realizado na quarta-feira (23), mostrou que 89,74% do efetivo nacional dos Correios não aderiu à paralisação.
O porcentual foi calculado por meio de sistema eletrônico de presença. A empresa afirmou ainda que o movimento ficou concentrado na área de distribuição, o que poderia provocar atraso na entrega de cartas e encomendas.
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